Ocorrem mais em pets do que se imagina. E na maioria dos casos não são diagnosticadas

Quando se fala em crise epilética normalmente as pessoas já imaginam o pet apresentando uma convulsão, deitado no chão, inconsciente, enrolando a língua, com movimentos de pedalar, mas nem sempre são assim que elas ocorrem.

As crises epiléticas se dão por uma alteração no funcionamento do cérebro e a sintomatologia vai depender do local do cérebro que é afetado.

Quando ocorre uma descarga elétrica por todo o cérebro é denominada de crise epilética generalizada. Quando ocorre em apenas uma parte do cérebro é denominada de crise epilética focal e os sintomas entre elas podem ser bem diferentes.

As crises epiléticas podem ocorrer por diversas causas: genéticas ou adquiridas por trauma, intoxicação, doenças metabólicas, doenças infecciosas, tumores intracranianos e doenças inflamatórias do sistema nervoso central.
Quando o pet apresenta uma convulsão, uma crise epilética generalizada, o seu tutor consegue ter certeza ao descrever o fato ao veterinário. Já o mesmo não acontece com as crises epiléticas focais, mais discretas, e o dono nem sempre reconhece como sendo um problema neurológico. Neste caso o pet pode apresentar comportamentos do tipo frequência de movimentos com a boca, com se estivessem “mascando chiclete”, ou com a língua como se estivesse com “pêlo na boca”, tremores involuntários e frequentes em algum grupo muscular, quando ficam alheios de tudo por alguns segundos ou pets que apresentam algum comportamento compulsivo recorrente como o de correr atrás da cauda. Todos estes comportamentos, que se repetem, devem ser avaliados por um veterinário que tenha experiência com neurologia animal, porque podem ser confundidos com problemas comportamentais o que na maioria das vezes não é.

A identificação da crise epilética é feita clinicamente pelo veterinário que vai buscar a causa com auxílio de exames laboratoriais e exames de imagem. Existe tratamento para as crises epiléticas, mas nem sempre é possível determinar e ou eliminar a causa base. É de suma importância que as crises sejam identificadas e tratadas porque as crises focais podem evoluir para crises generalizadas e o paciente pode ficar com mais sequelas neurológicas.

O tratamento é simples, mas requer acompanhamento de veterinário no início com visitas anuais para controle medicamentoso. O tratamento correto pode proporcionar ao seu pet uma vida normal com mais qualidade e bem-estar. Se você identifica alguns dos sintomas citados, não espere. Consulte um médico veterinário de sua confiança.

M.V. Salete Rodrigues Candido – CRMV/SP- 8764
Diretora da L&M
Especialista em Fisiatria Veterinária.

fonte: http://saudeebelezamais.com.br/index.php/pet/item/428-crises-epileticas-nos-caes-e-outros-pets

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