A DRC pode ser assintomática no estágio inicial, imperceptível, mas o diagnóstico precoce é fundamental para se reter sua evolução

É muito comum a ocorrência de DRC em cães e gatos, o que muitas vezes, infelizmente, é diagnosticado tardiamente, já quando está presente um grau avançado e o paciente apresenta desidratação, náuseas, vômitos, perda de peso, desânimo, falta de apetite e um característico mau hálito. Alguns pacientes podem ter o início da doença renal quando ainda são jovens, por motivos congênitos, predisposições raciais, ou por exposição a toxinas e ou medicações tóxicas ao rim. Mas a grande maioria dos cães e gatos pode apresentar alterações nos exames de checkup a partir dos cinco anos de idade. Quando isso ocorre já iniciamos o tratamento para retardar a evolução da patologia.

A DRC possui quatro estágios, e através dos exames laboratoriais hematológicos e bioquímicos, através do diagnóstico por imagem, é que os médicos veterinários conseguem saber em qual deles o paciente está, estágio inicial ou mais avançado, e com isso detectar a causa base da doença. Por este motivo é de grande importância o checkup anual já a partir dos cinco anos de vida.

Por outro lado, o paciente renal crônico pode apresentar várias complicações oriundas do avanço da doença, como a poliúria – aumento da quantidade de urina, que leva a desidratação, ou a proteinúria – excesso de proteína na urina, ou uma hipertensão arterial, hipertensão renal, um aumento das enzimas renais, a gastrite que gera náuseas, vômitos, a falta de apetite, uma anemia moderada ou severa, fazendo com que o animal esteja desanimado e até com dificuldade respiratória, ou ainda com a diarreia e o emagrecimento, com desequilíbrio eletrolítico que pode levar ao óbito.

Quando se diagnostica a DRC no seu estágio inicial o tratamento é relativamente simples. Indicamos a mudança da dieta e recomendamos o monitoramento através de exames periódicos. O tratamento vai depender do estágio em que a doença está, dos sintomas do paciente. Quando avançado, precisamos corrigir a desidratação, entrar com medicamentos para a hipertensão, corrigir o desequilíbrio eletrolítico, tratar a gastrite e aplicar a terapia hormonal para anemia. Nos casos mais graves, verificar a necessidade de sonda esofágica para o paciente inapetente, verificar a necessidade de transfusão sanguínea e tentar dar qualidade de vida ao pet.

Hoje em dia, o tratamento com células tronco tem sido utilizado com bastante sucesso nos pacientes renais crônicos. Se você se preocupa com a saúde e o bem-estar do seu mascote, e desconhecia estes problemas, consulte seu médico veterinário de confiança e lembre-se que a prevenção sempre é o melhor caminho.

Ronaldo Cuqui Cândido
CRMV/SP 7034
Médico Veterinário – Diretor da L&M Hospital Veterinário

fonte: http://saudeebelezamais.com.br/index.php/pet/item/911-doenca-renal-cronica-em-caes-e-gatos

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